A educação é transformadora e a corrida ainda é desigual

por EQUIPE CLOE
Publicado em 29 de novembro de 2021.

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Por Fernando Shayer e Leonardo Bento*

Eu tive todos os privilégios que têm um jovem branco brasileiro de classe média. Fui a uma boa escola, paga pelos meus pais. Frequentei uma excelente faculdade pública gratuita e, até hoje, me pergunto o porquê de não pagar as mensalidades. O mercado de trabalho estava aberto para mim, e jamais alguém questionou minhas origens. Demorei para notar com clareza como sou parte de um país muito opressor, em todos os sentidos, e como eu ajudava a preservação dessa situação, com minha omissão. Percebo hoje que estamos num momento histórico, em que muitos passos estão sendo dados, no mundo todo, para uma transformação na maneira como abordamos o racismo. Trabalho com o professor Leonardo Bento, na Camino School, que tem uma história de muito mais luta e conquistas do que a minha, e que me inspira diariamente a evoluir, bem como nossos colegas e alunos. Na semana da consciência negra, convidei-o para contribuir com sua visão nesta coluna. É o lindo texto que segue:

Numa corrida de atletismo, normalmente vence quem está melhor preparado. Mas imagine que a corrida envolvesse um competidor que teve acesso a todas as possibilidades de alimentação, treino, acompanhamento médico e psicológico, e o outro que estivesse com seus músculos atrofiados, por ter, desde o início de sua vida, ficado amarrado. Como seria o resultado?   

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