O mundo mudou: do ascensorista ao robô

por EQUIPE CLOE
Publicado em 10 de dezembro de 2021.

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Se nos anos oitenta ou noventa você fosse até o Edifício Altino Arantes, em São Paulo, antes conhecido como Prédio do Banespa e hoje como Farol Santander, e se dirigisse até o elevador, se depararia com um senhor muito educado sentado em um banco na parte de dentro, que perguntaria qual o andar que deseja ir. Então, apertaria o botão do andar desejado e te levaria até lá. O que para muitos, principalmente para os mais jovens, parece estranho, era uma profissão consolidada na época: o ascensorista. Naquela época, todos os lugares com elevador possuíam um desses profissionais.

O tempo passou, os elevadores evoluíram, as pessoas foram se acostumando com esse meio de transporte e, aos poucos, fomos vendo cada vez menos ascensoristas. Mas não só eles: telefonistas, arrumadores de pinos de boliche, mensageiros de telegrama, operador de mimeógrafo, acendedor de poste, arquivista e muitas outras profissões foram simplesmente substituídas por máquinas. E tenha certeza que não vai parar por aí, um dado da Universidade Federal de Brasília mostra que trinta milhões de empregos serão substituídos por robôs e máquinas até 2026. Outro dado interessante é que um estudo encomendado pela Dell Technologies ao Institute For The Future, aponta que 85% das profissões de 2030 ainda nem existem.

E a escola, como deve lidar com essas constantes mudanças? Como fazer com que seu estudante seja relevante para o mercado de trabalho e resolva problemas que as máquinas jamais poderiam resolver? Mais do que isso, como fazê-lo ser capaz de trabalhar em conjunto com outros seres humanos, compreendendo e resolvendo problemas de um mundo muito complexo?

Em um mundo em que a informação está disponível para todos, os conteúdos continuam sendo relevantes, mas é preciso investir muito mais no desenvolvimento de competências e habilidades. Todos os estudantes precisam desenvolver competências que vão além das que qualquer computador resolveria, competências associadas com as relações humanas e com a sociedade: emoções, sentimentos, histórias, identidade, inspiração e criatividade.

E a Aprendizagem Ativa é o modelo ideal para esse desenvolvimento, pois coloca o foco no estudante e propõe o desenvolvimento de projetos e de trilhas de aprendizagem que permitem esse protagonismo, a interatividade, o engajamento e a criação de soluções colaborativas para os problemas da vida real. Essa forma de aprender contrasta com os modos tradicionais de ensino, em que conteúdos são transmitidos e reproduzidos unilateralmente.

No mundo atual, as tecnologias possibilitam o acesso à informação e dados em um clique e, com isso, o ensino enciclopédico perde protagonismo. Por outro lado, as atividades que não são programáveis, ou seja, as relações entre seres humanos e as habilidades socioemocionais entram em cena. Estas competências são conquistadas através da mudança na forma de aprender.

A principal diferença que precisa ser passada para os estudantes agora, é entre o aprender a aprender e a se adaptar. Pois, as máquinas e os robôs já estão por aí e nunca podemos saber quando será a vez em que um de nós chegará em sua mesa de trabalho e um robô estará sentado nela.

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