Se não pode contra eles, junte-se a eles. Ou quase isso.

por EQUIPE CLOE
Publicado em 10 de dezembro de 2021.

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Antes de começar este texto, pare e olhe ao redor. Se estiver em um local público, fatalmente enxergará dezenas de pessoas conectadas a pequenos aparelhos que carregam o conhecimento de uma sociedade inteira em poucos gigabytes. Alguns estarão apenas sentados passando o feed de cima para baixo, outros estarão em uma reunião do trabalho, é possível até que tenham alguns adolescentes gravando a dancinha engraçada do momento lá no canto. Viu? É praticamente impossível não estar ligado a um desses aparelhos. Talvez, até mesmo você, esteja lendo este texto através de um.

Os smartphones fazem parte da nossa vida e, inteiramente, da nossa rotina. Quando se trata dos mais jovens, que cresceram com esses aparelhos na ponta dos dedos, a conexão é ainda maior, pois os usam para se divertir, para paquerar e, pasmem, até para estudar. Contudo, dentro da sala de aula, muitas escolas proíbem o seu uso, por acreditarem que tiram a atenção do estudante e prejudicam a sua aprendizagem. O que você pensaria se disséssemos que, segundo a Unesco, é mais que recomendável incluir os tablets e celulares durante as aulas?

O que pode parecer fora da realidade, é resultado de um estudo publicado em 2015 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em forma de guia com 13 argumentos para o uso durante a aula. Dentre eles, a otimização do tempo, o aumento do engajamento dos estudantes, a velocidade dos feedbacks e a personalização dos conteúdos são apontados como fatores primordiais.

Está claro que é impossível tirar esses aparelhos das mãos dos jovens. Por isso, a escola precisa começar a se preparar para colocá-los em seu planejamento e rotina, encontrar meios de fazer com que o estudante esteja focado na aprendizagem dentro do aparelho, despertar o interesse e o engajamento frente às atividades propostas, trazer dinamismo, divertimento e explorar recursos que ampliam a bagagem cultural, afinal, com um celular na mão – diferente de uma apostila, por exemplo – o estudante pode ver um vídeo sobre um tema proposto, jogar um jogo em forma de atividade e até ouvir um podcast complementar do que o professor explicou. Ou não, ele pode subverter todas as tarefas anteriores e criar o próprio vídeo, pensar no próprio jogo e produzir o próprio podcast.

Por isso, é tão importante aliar a Aprendizagem Ativa à transformação digital da escola. Trocar os cadernos e apostilas por tablets e smartphone é um meio importante para chamar atenção dos estudantes, mas reproduzir a passividade da metodologia tradicional de ensino, mesmo tendo uma poderosa ferramenta nas mãos, não trará engajamento. Vivemos na era da criação de conteúdo, e é muito importante trazer isso para a sala de aula. Os estudantes passam horas e horas reproduzindo e criando apenas por lazer para as redes sociais, onde a aprendizagem poderia chegar se a escola começasse a ser tão interessante quanto o TikTok? Agora pare, olhe ao redor novamente, e tente enxergar aquela dancinha esquisita que os jovens estão fazendo ali no canto, não mais como uma perda de tempo, mas como uma oportunidade de reinventar a educação.

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